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domingo, 28 de agosto de 2011

Pagarei por meu erro


Se minhas mãos ainda podem escrever
Posso lhe dar Adeus também.
Esses monstros brincam à minha volta
Negros como a morte, pálidos.
Se minha face ainda se parece com vida,
Posso então, desmanchar os teus sonhos,
Junto com os meus, tristeza.
Jura-me que não vais trair ,
O encanto de nova vida, pura ilusão,
Nem vai deixar-me à mercê dos humanos,
Com suas torpes missões.
Se minhas pernas ainda podem galgar,
Trêmulas e fracas, os degraus
Dessa insignificante morada,
Então, perdoe-me por te vir ao mundo,
Por te fazer acreditar nas tuas coisas.
Mas pagarei pelo meu crime,
De te fazer nascer, para depois morrer.
Pagarei por este erro,
Juntando-me a você neste final infeliz,
Onde jaz apenas o silêncio eterno.
                                                        Agosto.11

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