musica

domingo, 1 de setembro de 2013

Reencontro



Mar tranqüilo, sereno,
Alguns anjos, em silencio
Emanavam vibrações
Aos que ficaram na terra.

Uma luz violeta, suave
Pairava no ar, etéreo,
Dando boas vindas
Aos que haviam partido.

Alguém chorava, no momento
Em que uma mão invisível
Tocava seus  ombros cansados.
Um ritual de amor e perdão.

Mar tranqüilo,  sereno,
Sempre na mesma direção.
Um som vibrava, fraco
Ecoando por todo o vale.

As mãos gélidas, imóveis
Cujo sangue, congelara,
Abraçavam o peito frio, nu.
Um acorde de despedida.

Era principio de outono
Meigo, triste, vazio.
Crianças brindavam o dia,
Como sendo o último.

                                                         Jan.2013

Fragmentos 5







Rios, cascatas, horizontes
Se foram para sempre, sempre.
Não basta reter o momento,
Quando só restam pequenos fragmentos.

A memória busca a chama
Que se acendeu noutro dia – A terra
Gira enfim, são só sinais,
Geometria, de vida e morte.

Frágeis são estas mãos,
Vento frio, manhã qualquer,
Estória de um conto de fadas
Onde o Rei nunca virá.

                                                  Fev.2013