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domingo, 14 de agosto de 2011

Crepúsculo











Crepúsculo
Silêncio ao redor
Quantos planetas estarão girando agora?
Quantos sonhos estarão sonhando?
Quantas respostas existirão,
Para perguntas que jamais serão feitas?
Quem se lembrará de você ou de mim,
Quando séculos e séculos percorrerem este espaço?
Cuja probabilidade de ser real
É tão incerta quando a possibilidade
De minhas lágrimas recomporem teu corpo.
Crepúsculo.
Ondas de nostalgia me assolam,
Minha infância, tua infância,
Sombras apenas,
Noite, movimentos
Milhões de criaturas nesta morada,
A girar neste espaço inexato...
Somos todos, desde a larva,
Até os maiores mamíferos
Destinados ao eterno movimento,
De abrir e fechar bocas,
Para o alimento que nos mantém vivos,
Destinados ao eterno sexo, cujo sentido,
É apenas o de fazer aparecer outros seres...
E no fim, também seremos alimento,
Também seremos esquecimento eterno...
Crepúsculo.
Estou a dois passos de ti
Eu, por enquanto respiro, olho os pássaros no ar,
Enquanto você
Está imóvel, sem lágrimas, sem dores,
Sem poder sorrir, ou ver mais algumas vezes,
O mar, ou, apenas respirar...
Crepúsculo.
Meus lamentos serão só meus,
Durante os outonos e primaveras
Que eu ainda esteja por aqui.
E se porventura, minhas lágrimas secarem,
Que então eu me vá também...
                                                   agosto.11

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