musica

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Melancolia






Melancolia, se te afaga a alma
Noutro instante se desfaz, como mágica,
Sem ela não podemos permanecer vivos
Com ela, a outra face da morte se antevê.
Súbitos lampejos vem e se vão,
Como a nos dizer que existe algo
Bem além de nossa compreensão,
Bem acima deste céu diáfano, longínquo.
Será apenas uma tristeza passageira
Ou a necessidade do perdão?
O início em uma manhã clara, bela
Ou então, simplesmente solidão?
Melancolia, que passa e pousa
Nos ombros cansados de quem
Sente na alma o desfecho dos sonhos
Das quimeras, loucuras, ambições,
Que faz parar o trem da vida,
Na próxima estação, transformação
De um casulo velho e cansado, a magia
De novos sonhos que virão.
Melancolia, na flor, nas águas, nos sons,
Nas imagens passadas, fotografias, confissões.
Em um abraço, uma lágrima, separação.
Melancolia na alegria, nos encontros, na noite
E nos eternos dias Que se sucederão.
                                                                    Fev.11
                                                                

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