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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rabiscos






Rabiscos da vida, do que me diz
Rabiscos de tudo ou do  nada,
Rabiscos do além ou de alguém
De um sorriso, da dor.
Rabiscos de um querer,
De uma criança, um quintal
Rabiscos do avesso, de um fruto, do pão,
De um rosto perfeito.
Rabiscos, rabiscos
Rabiscos que faço na mesa,
No café, no fim de um verão,
Na cidade, na neblina, ou
Na fumaça de um caminhão.
Rabiscos de tudo ou do nada
Meras visões.
Rabiscos loucos, entrecortados
Nas esquinas, nos bares, solidão.
Rabiscos, uma forma qualquer
Da sala ou do quarto,
Do amanhecer, a voz da razão.
Rabiscos de gritos, do canto do pássaro
De uma dor, sensação.
Rabiscos da alma, da fonte
De uma luz, quimeras ou não
Rabiscos que fiz um dia,
Ou que ainda traço,
Em alguns momentos de ilusão,
Rabiscos da vida além vida
Rabiscos de um bem querer,
Dos sonhos vividos, sonhados
Ou dos sonhos que não sonhei.
Rabiscos que trago na mente
Traços da vida, da morte que ronda,
Ou de alguém que nos vê... 
                                                       31/01/11

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