Existência glorificada
Pelas mãos do traidor
Eu ainda cria em vida eterna
Tuas mãos me negaram
Ah! Teu corpo está cansado
Do peso de injurias e desdéns
Há um esgoto que corre agora
Bem acima de tua cabeça
Demônios encerram tua alma
Perdida em profundos gemidos
Como ousa falar em amor?
Como ousa andar sobre covas?
Bem no fim do arco-íris
Um rifle aponta para mim
São sete balas prateadas
E um padre com seu sermão
Não pedi para nascer e morrer
Viestes a mim por acaso
Como um fantasma desnudo
Que se vangloria do passado
Peça-me um pouco de amor
Ainda que eu seja o pó
Misturado aos anseios teus
Aos nossos sonhos perversos
Maio.17
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