Cinzas caem de meus olhos
Como folhas secas
Imagino-me dentro de uma cela
Pintada em verde neon
Mãos se erguem ao nada
Rituais imprecisos, sem razão
Falta-me o ar e a noite é fria
Pingos de chuva batem incessantes
Pelo vazio da taça vejo a luz
Projetada como uma lua cheia
Sinto as torres de castelos – odores
De perfumes das doces donzelas
O ritmo da canção acompanha
Meu coração, feito ritual e magia
Eles vêm e vão, dançam loucamente
Como se nada mais importasse
O que me resta são seus olhos
Em um dia qualquer, em uma tarde
Mas é tão difícil compreender
A tua fala morna, perdida no ar
Risco em giz uma linha reta
Gravetos jazem no chão.
jun.17
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