musica

domingo, 12 de agosto de 2012

À Deriva



Sentimentos nascem e morrem
Risos se transformam em lágrimas
Mentes ociosas —  brinquedos se quebram.
Uma coruja se balança em um fio invisível
Gotas de sangue tingem a roupa rasgada.
Do peitoril da janela, você me vê passar
Mas teu aceno é vago, frio e desaparece,
A tarde é calma, um outro sol se põe
Como se fosse o último dos sóis.
Barcos flutuam como almas perdidas,
És tão destemido — E crê na vida eterna —
Um pequeno lobo uiva em seu covil
De tuas pupilas  vertem gotas ácidas ,
Acende um incenso mirra, um grande olho
Mágico que pensa tudo ver, está cego
E nos deixa à deriva, vagando, vagando...

                                                                Agosto.2012

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