O tempo não existe.
O tempo marca
Marcas não existem.
O tempo se esvai,
Somos eternas sucessões
De adeus, de sombras...
O tempo, cruel, calado.
Somos movimento,
Somos estátuas, somos pura dor.
O tempo que resta agora,
O choro de uma criança,
Movimentos, imagens.
Índios, palhaços, estádios
Casas, ruas, multidões
Passado, presente, futuro.
O tempo passa apenas para nós,
E deixa-nos marcas do esquecimento.
Carros rolam no asfalto quente,
A criança acaba de nascer, chora.
Desenhos, navios, o porto,
Um aceno de adeus,
Somos apenas imagens
Em um eterno nascer e morrer,
Silencioso e covarde.
Assim sempre será.
Set.11
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